Bem, antes da minha reflexão temática, uma comemoração:
CONSEGUI UM EMPREGO. EEEEEE!!! Vou trabalhar num projeto de pesquisa de duas professoras aqui da universidade sobre programas infantis de TV, tipo teletubbies... que legal! Acho teletubbies a coisa mais retardada já criada por um ser humano neste planeta... tomara que minhas professoras e chefas não tenham orkut! Mas fiquei super feliz. Vou trabalhar só 7 horas por semana e a grana já dá pra pagar o aluguel. Enquanto isso, sigo buscando outro emprego.
Mas voltando ao post. Estou morando com duas meninas da República Tcheca (é com t mesmo? desculpe a ignorância). Isso gera inúmeras piadinhas, mas vamos pular essa parte. Um dia a "tchecona" (a mais velha) chegou em casa puta da vida porque uma brasileira "roubou" um de seus empregos de babá. É que os europeus do leste e os brasileiros disputam a tapa o mercado do sub-emrego aqui, com imensa vantagem pros europeus, lógico, que podem trabalhar 40 horas legalmente. Os brasileiros só são autorizados a trabalhar 20 horas e obviamente burlam essa "lei" em todos os cantos da cidade. E são muitos: nas barraquinhas de waffle, consertando os trilhos de trem, lavando pratos. O que querem? alguns querem a experiência de vida, mas a maioria deles é menos "filosófica" e quer as libras, claro! E pra conseguirem as tais da libras, vão fazer muito sacrifício. De onde são? o r enrolado não nega. Não tenho estatísticas, mas me parece que a maioria vêm do interior de São Paulo, Minas e Paraná. Nós nordestinos, bichinhos, somos tão lascados que nem nos passa pela cabeça projetos audaciosos como ir pra Londres fazer dinheiro. Pelo menos essa é a minha teoria... Daí que fica bem estranho pra alguém como eu conversar com os outros brasileiros sobre pesquisa, doutorado etc. Mas deixa pra lá que, se esse papo fosse legal, eu estaria estudando agora ao invés de escrever post de blog. hehehe
Falei de brazucas e tchecos. Mas e os polacos e mexicanos? Depois de morar 3 anos nos Estados Unidos, sei disso muito bem: para os americanos, do México pra baixo, todo mundo é mexicano. Assim como são polacos todos os europeus do leste. E assim também são tratados com a mesma discriminação. O estereótipo é que são pessoas grosseiras, primitivas e que topam fazer qualquer coisa por preços abaixo do mercado. A diferença é que são loiros dos olhos azuis!!! hahahahaha. As mulheres têm fama de quenga (como nós brasileiras).
E por falar em mexicanos, tenho eterna gratidão a eles. Em momentos de solidão na Califórnia, eram os mexicanos do café da esquina os únicos a sorrirem pra mim. Tudo bem que eles me davam cantadas baratas, mas pelo menos eram expressões simpáticas e familiares. Também foi mexicana minha primeira amiga da Califórnia. E a tradição prossegue: vou jantar na casa da minha colega PhD mexicana que é super gente fina. Aliás, há dois dias que como comida boa: ontem foi feijão de uma baiana.
Baianos, brazucas, tchecos, mexicanos, polacos, ingleses, indianos, turcos, jamaicanos, nigerianos... Ingredientes dessa receita muito louca que faz de Londres uma cidade fascinante.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
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